Teatro de Carne
As vezes penso que
tudo o que sou
em nada eu estou...
O meu eu mais profundo
minha vontade própria
está guardada secretamente
no teatro do meu corpo...
E que nada sou eu
meus gestos e ações
são apenas ilusões
Sou a reunião
de personagens em cena
Quem sabe sou apenas
um poema...
Algo triste ou semelhante
no silêncio do passado
na solidão do presente
A moça que hoje
aflora sorridente
no fundo é uma criança
que chora por ser carente...
no silencio da minha alma
que é nua...
os pingos da agua do céu
me revelam
a verdadeira verdade:
Sou mais um
caminhando na rua
Sou mais um
neste mundo de fél
No teatro do meu corpo
Oculta-me a imagem do eu
A vida de alguem se apodera de mim
e exige que meu corpo seja seu
do principio ao fim...
Mas agora...
a cena acabou
E só nos resta
varrer o teatro
A cortina por fim baixou
terminando de vez
com meu espetaculo
macabro...
do principio ao fim...
Mas agora...
a cena acabou
E só nos resta
varrer o teatro
A cortina por fim baixou
terminando de vez
com meu espetaculo
macabro...
autoria: Maria Carla
dia 22/09/07 as 21:42h
Comentários